APAGANDO O PASSADO COM JESUS

Você tem se sentido preso ou sobrecarregado ultimamente, não importa o quanto você tente “seguir em frente” das dores do passado?

Como encontrar cura para feridas passadas?

Muitos de nós carregamos consigo mágoas, dores e decepções — coisas do passado que gostaríamos de poder apagar, mas não conseguimos. Como podemos encontrar cura para essas coisas? Temos força em nós para superar o que aconteceu? Em Romanos 7, vemos Paulo lutando com a tensão entre saber o que é certo e ser incapaz de fazê-lo. No versículo 15, ele diz: “Não entendo as minhas próprias ações. Pois não faço o que quero, mas faço exatamente aquilo que odeio”. Paulo tinha o desejo de fazer o que era certo, mas faltava-lhe o poder para realizá-lo.

Da mesma forma, o que precisamos não é de mais força de vontade, mas de uma mudança de coração, de comportamento — uma mudança que só o Espírito Santo pode realizar. A transformação do coração faz toda a diferença porque é sistêmica; afeta tudo o que fazemos e tudo o que somos. Lembra-se do que Salomão escreveu? “Acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele flui tudo o que você faz” (Provérbios 4:23).

Um coração transformado não depende de mudanças nas circunstâncias externas para prosperar. Nem ignora as realidades por vezes devastadoras da vida. Em vez disso, reconhece uma realidade maior no meio da nossa dor e desânimo. Como sempre acontece, o poder ilimitado está disponível para que os propósitos de Deus sejam cumpridos em sua vida. Em Filipenses 2:13, Paulo escreve: “É Deus quem opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade”. Aí está. Deus nos dá o desejo, poder e o motivo para viver.

Quais os motivos que nos impede de experimentar o poder de Deus nas áreas mais profundas de nossas vidas?

Vergonha: a vergonha pode ser um fator que nos afasta de experimentar o poder de Deus em nossas vidas e com isso nos impedindo de esquecer emoções do passado. No início dos tempos não existia vergonha, pois o pecado e a vergonha ainda não havia entrado no mundo. “O homem e a sua mulher estavam nus e não tinha vergonha” (Gênisis 2:25). Por Adão e Eva, em pecado, seus olhos foram abertos e eles sabiam que estavam nus e com isso sentiram vergonha. E a inocência deles, a que possuíam diante do Senhor, foi substituída por culpa e vergonha. Esse efeito não ficou somente ligado a eles, afeta a todos nós. A vergonha é uma das emoções mais primitivas, conhecida desde os primórdios dos tempos, e todos estamos submetidos a ela em algum momento da vida. Ela pode ter um efeito devastador, em pessoas que não estejam espiritualmente ligados a Deus, pessoas que estejam quebrados mentalmente com pensamentos de angústias, dores e decepções do passado. E se o inimigo tiver acesso a nossa alma e usar a vergonha, como um motivador para não esquecermos o passado, ele usará a vergonha para formar uma identidade a qual não pertence aqueles que confiam no Senhor.

Como lidamos com a nossa vergonha?

Não procurando em nós uma solução, mas olhando para cima, para Deus.

Desvendando a Falsa Identidade.

Deixar a vergonha para trás significa abandonar as falsas identidades que vestimos para nos proteger do mundo. Fingimento, orgulho, autoproteção, insegurança, perfeccionismo e busca incessante por desempenho são apenas algumas das máscaras que utilizamos para ocultar nossas vulnerabilidades.

Essas máscaras, embora pareçam oferecer proteção, na verdade, nos impedem de viver em totalidade. Elas nos distanciam da nossa verdadeira essência e nos privam de experimentar a vida em sua plenitude.

Como alcançar a plenitude em Deus?

O Salmo 24:3-4 nos oferece um guia para a construção de um roteiro em direção à plenitude:

de Claudio Silva

Perceba que essa jornada não se trata de alcançar a autossatisfação ou um estado de perfeição utópica. É um processo de transformação interior, moldando nosso espírito, alma e corpo para podermos viver em santidade e autenticidade com Deus. Ao trilharmos esse caminho, reconhecemos que nossa salvação não vem de dentro, mas de Deus. Ele nos chama para Si, convidando-nos a expor nossas fragilidades à luz de Sua presença e receber a cura e o perdão. Deus, o autor e consumador da nossa fé, dá sentido completo à fragmentação de nossas experiências. Ele nos capacita a superar as marcas do passado e nos leva a um futuro de transformação e plenitude. Diante disso, cabe a cada um de nós responder ao chamado de Deus. Ele nos convida a levantar os olhos do coração, abandonar as falsas identidades e segui-Lo em uma jornada de transformação espiritual.

Redirecionando as dores, angústias e decepções do Coração para Cristo.

A paz não se trata apenas de resolver superficialmente os problemas da vida. Ela brota de um coração redirecionado para Jesus Cristo, o único que pode oferecer verdadeira paz e segurança. Isaías 26:3 nos convida a fixar nossa mente em Deus:

de Claudio Silva.

Ao fixarmos nossa mente em Cristo, nossa perspectiva se transforma, tornando-se firme e inabalável. Como resultado, experimentamos a paz perfeita, que transcende o nosso entendimento e promove saúde holística ao nosso espírito, alma e corpo. A paz é o legado que Jesus nos deixou. Em João 14:27, ele declara:

“Deixo-vos a paz; a minha paz vos dou. Não vos dou como o mundo dá. Não deixeis que vossos corações se perturbem e não tenhais medo.”

A paz de Jesus é incomparável à paz oferecida pelo mundo. Ela transcende todo o entendimento humano e nos protege como um escudo, guardando nossos corações e mentes em Cristo Jesus. Para experimentar a paz perfeita, é necessário abdicar do nosso desejo de controlar e entender tudo. Abramos nosso coração ao Salvador amoroso, depositando aos seus pés todos os medos, dúvidas, decepções e inseguranças e passados. Rasguemos as máscaras e vestimentas exteriores, recebendo em troca um manto de retidão e uma porção dupla em vez da vergonha.

A Cura e a Transformação do passado!

A cura e a transformação proporcionadas por Deus não se limitam apenas ao nosso ser eu, nosso individualismo. Elas nos concedem o privilégio de colaborar com o Senhor na grandiosa obra de avanço do Seu reino. Tendo sido restaurados e transformados pelo poder do Espírito Santo, somos instrumentos nas mãos de Deus para restaurar e transformar outras vidas.

Em Efésios 2:10, Paulo nos revela que somos “obra de Deus, criados em Cristo Jesus para fazer boas obras, que Deus preparou para que fizéssemos”. Essa obra preordenada inclui permitir que os outros vejam a transformação operada por Deus em nós, mesmo nas áreas mais fragilizadas da nossa vida. Transformar e curar o que não pode ser apagado nos envolve e afeta profundamente, mas, na perspectiva dos propósitos eternos de Deus, não se trata apenas de nós.

Somos transformados para transformar.

Somos restaurados para restaurar.

E somos reconstruídos de dentro para fora para reconstruir para a glória do Senhor em nossa geração. Nenhum de nós precisa se aprisionar à dor e às perdas do passado. Se desejamos administrar nossa curta vida com sabedoria, é necessário seguir em frente. E uma parte essencial dessa jornada é levar a mensagem de cura e restauração aos outros.

Conclusão

A cura e a transformação que experimentamos em Deus nos convidam a participar da Sua obra redentora no mundo. Ao permitir que a luz de Cristo brilhe através de nossas vidas, tornamo-nos instrumentos de transformação, impactando e restaurando a vida de outras pessoas.

Reflexão:

Como você pode colaborar com Deus na obra de restauração e transformação?

Que áreas da sua vida você pode permitir que Deus cure e transforme para que você possa ser um instrumento de cura para outros?

De que forma você pode compartilhar a mensagem de cura e restauração com aqueles que te rodeiam?


Oração:

Senhor, obrigado pelo seu amor e graça. Venho até você hoje, reconhecendo minha fragilidade e necessidade de sua cura. Ajude-me a abandonar minha falsa identidade e abraçar meu verdadeiro eu em você. Guie-me na jornada em direção à totalidade, transformando meu espírito, alma e corpo. Encha-me com a sua paz e capacite-me para viver com autenticidade e me entregar à sua vontade. Em nome de Jesus, amém.

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Juntos, podemos ser agentes de transformação na obra de Deus.

Por: Claudio Silva

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