A ESSÊNCIA DA MORAL E DA ÉTICA

A Essência da Moralidade!



Para entendermos a moralidade, devemos retornar à criação do mundo e à história de Adão e Eva, os primeiros habitantes da Terra. Eles receberam uma ordem ética de Deus: não comer do fruto proibido, da árvore do conhecimento do bem e do mal. Apesar da ordem, moralmente, essa norma foi quebrada. Essa desobediência trouxe consequências que moldaram a sociedade que conhecemos hoje.




Diferença entre Ética e Moralidade.




Ética e moralidade são conceitos interligados, mas distintos. A moralidade refere-se às normas, valores e costumes aceitos por uma sociedade, influenciados por tradições, religiões, economias e culturas. É prática e geralmente aplicada de forma automática.

 A ética, por outro lado, é a disciplina filosófica que reflete sobre esses valores, questionando o que é certo ou errado de forma crítica e racional, buscando princípios universais.


Exemplo: A moral pode afirmar que "mentir é errado", enquanto a ética pode questionar se mentir em uma situação extrema, como salvar uma vida, seria justificável.





Moralidade no Antigo Testamento.




  • A moralidade herdada dos primeiros habitantes, Adão e Eva, continua a influenciar as normas sociais e éticas contemporâneas. Um exemplo significativo desse legado é a narrativa de Adão, que, ao cometer o pecado, viu-se compelido a trabalhar arduamente para sustentar a sua família, uma prática que perdura até os dias de hoje como um princípio fundamental de responsabilidade e esforço individual.
  • Paralelamente, a história de Eva, que através do pecado enfrentou as dores do parto, reflete uma conotação moral que ainda ressoa nas expectativas sociais contemporâneas sobre a maternidade e a formação de famílias. Embora a maior parte da sociedade aceite essas premissas, existem vozes dissidentes que contestam tais normas, questionando as bases éticas que sustentam esses costumes. Essa dinâmica de resistência e conformidade revela a complexidade da moralidade contemporânea, que, apesar de suas origens, é sujeita a examinação e adaptação conforme as mudanças do tempo, sociais e culturais se desenrolam. Quebrando padrões que em grande maioria não é benéfica para sociedade em si.

  • Um outro exemplo clássico de moralidade, que permeia pelo tempo, é narrado na história dos irmãos Caim e Abel, onde Caim comete o ato extremo do assassinato de seu irmão. Este relato ilustra um princípio moral que se perpetua até os dias atuais, ao enfatizar que, em um convívio social, a prática do assassinato é amplamente considerada uma falha moral. Essa perspectiva nos permite compreender a essência da moralidade, que é moldada por costumes e práticas estabelecidas em diversas culturas. Embora existam variáveis que influenciam a percepção moral, como normas sociais e contextos históricos, é indiscutível que alguns valores, como o respeito pela vida, permanecem universalmente relevantes, embora se manifestem de maneira distinta em diferentes regiões e sociedades.

  • Um exemplo que continua a moldar nossa sociedade contemporânea é o relato bíblico da conquista de Jericó por Israel. Após a vitória, Deus ordenou que todo o espólio da cidade, incluindo metais preciosos e outros objetos de valor, fosse consagrado aos tesouros da casa do Senhor. No entanto, Acã desobedeceu essa ordem divina, apropriando-se de parte desse espólio e ocultando-o em sua tenda. Esta transgressão, ao ser descoberta, gerou consequências severas para o povo de Israel, que enfrentou uma derrota significativa em sua próxima batalha, atribuída diretamente ao roubo de Acã. Após reconhecer seu erro, Acã enfrentou punições. Este episódio ilustra como a moralidade relacionada à apropriação inadequada de bens ainda ressoa nas sociedades atuais, pois, estabelece princípios universais que condenam o furto e a deslealdade. A clareza com que este relato evidencia a importância da ética e da responsabilidade na convivência social reafirma que, em qualquer lugar do mundo, a violação dos direitos alheios é inaceitável e gera repercussões negativas.



Para finalizar a análise da essência da moralidade no Antigo Testamento, é pertinente abordar a questão da traição, especialmente no que tange à traição conjugal, exemplificada de maneira proeminente na figura de Davi e Bate-Seba.

  • No contexto cultural da época, a poligamia era uma prática socialmente aceita, permitindo que homens tivessem mais de uma esposa, desde que não fossem mulheres de outros homens. No entanto, a narrativa de Davi, que tomou como esposa a mulher de Urias, um de seus soldados, revela um contraste moral significativo. Este ato não apenas transgrediu os limites da lealdade conjugal, mas também foi considerado um grave pecado sob a perspectiva da ética imposta por Deus, tanto que levou Davi a, graves consequências. Assim, enquanto no Antigo Testamento certas ações eram vistas como aceitáveis dentro das normas morais da sociedade da época. Como veremos mais a frente no Novo Testamento introduz uma nova visão de moralidade, elevando os padrões éticos que influenciam as noções de fidelidade e respeito nas relações humanas, princípios que ainda hoje são fundamentais em praticamente todas as sociedades em que vivemos. Este exemplo ilustra como as essências morais, embora variáveis com o tempo, permanecem como marcos que orientam o comportamento social até os dias atuais.



Moralidade no Novo Testamento.



No Novo Testamento, Jesus é o maior modelo de moralidade. Ele reforça a importância dos mandamentos, como “não matarás”, “não furtarás” e “não cometerás adultério”, mostrando que essas normas transcendem o tempo. Jesus também questiona costumes antigos, como a poligamia, destacando a união exclusiva entre um homem e uma mulher, reforçando a essência da moralidade.



  • O conceito do trabalho, presente nas escrituras e intrinsecamente ligado à moralidade, remete-nos à narrativa do Antigo Testamento, em que a transgressão de Adão impôs ao homem a necessidade de labutar para sua subsistência. Esta ideia é reiterada pelo apóstolo Paulo em 2 Tessalonicenses 3:10, onde exorta que “se alguém não quer trabalhar, não coma”. Tal ensinamento respalda a noção de que o esforço é imprescindível para a conquista de qualquer bem, refletindo uma ideia que atravessa as Escrituras desde sua origem até os tempos modernos, moldando a ética trabalhista da sociedade contemporânea.

  • O nascimento de Jesus serve como um simbolismo essencial da moralidade na constituição familiar, representando a união entre homem e mulher. Esta formação familiar, que desde tempos antigos, estabelecido por Adão e Eva perpétua valores morais fundamentais, é exemplificada na natividade cristã, ressaltando a importância de padrões éticos e morais que permanecem relevantes até os dias atuais.


  • Jesus ao ser indagado por um jovem sobre os requisitos para alcançar a vida eterna, a resposta de Jesus, que inclui preceitos como "não matar", "não furtar" e "não cometer adultério", revela a importância da moralidade como um guia fundamental para a convivência social, transcendendo épocas e culturas. Esses princípios, com raízes sólidas nas tradições do Antigo Testamento, servem como pilares éticos que sustentam as relações humanas. Entretanto, ao se debruçar sobre a questão da moralidade, é pertinente observar como ela pode evoluir ou ser reinterpretada à luz das normas éticas que uma sociedade, ou um indivíduo pode estabelecer. Assim, a moralidade, longe de ser um conjunto fixo de regras, é um campo dinâmico, suscetível a debates e reinterpretações ao longo do tempo, desde que essas mudanças sejam benéficas cultural e socialmente.

Por exemplo, a poligamia, que era tolerada em algumas culturas do passado, ilustra como os costumes morais são influenciados por contextos sociais específicos.

  • A conversa de Jesus com seus discípulos sobre o divórcio em Mateus 19, na qual enfatiza a união indissolúvel entre marido e mulher, reflete não somente seus ensinamentos sobre a fidelidade e o compromisso, mas também uma fragilidade das normas morais da época questionadas pelos discípulos. Apontando a dureza do coração humano como um fator que distorce a verdadeira essência do amor e da convivência, a compreensão do contexto moral e ético presente nos escritos sagrados é crucial para um estudo adequado das relações humanas ao longo da história. Moisés, conforme nos ensina a tradição judaico-cristã, estabeleceu a ética dos Dez Mandamentos, ordenada por Deus, que serve como pilar na condução da vida moral. Contudo, é evidente que, na antiguidade, um dos costumes moralmente distorcidos era a permissividade do homem em trocar de esposas, o que gerou questionamentos profundos entre seus discípulos, levando-os a indagar sobre o valor do matrimônio. É imperativo reconhecer que até mesmo os primeiros profetas, em certas ocasiões, cederam a essas práticas, evidenciando um conflito entre a ética proposta e as normas morais sociais vigentes na época.

No Novo Testamento, as advertências explícitas sobre adultério e a troca de esposas ressaltam a luta pela preservação da essência da moralidade, que transcende o tempo. A pregação de Jesus sobre a ética e moralidade, cuja base remonta ao equilibrado relacionamento entre Adão e Eva, visava restaurar esse princípio fundamental, frente a costumes enraizados que buscavam resistir à transformação moral oportunizada pelos ensinamentos de Jesus.




Moralidade na Contemporaneidade.



A intersecção entre religião, sistemas políticos e estruturas econômicas desempenha um papel crucial na formação da moralidade e da ética na sociedade contemporânea. Atualmente, poderíamos imaginar que o avanço tecnológico nos levaria a um progresso moral significativo; entretanto, a realidade muitas vezes nos apresenta um quadro antagônico, onde o capitalismo exacerbado e as dinâmicas políticas contemporâneas promovem uma moralidade centrada no individualismo e na ganância. Neste contexto, o enfoque valorativo se transfere para questões como "o que eu possuo" e "quem eu sou", distorcendo, assim, a essência da moralidade, que nas sociedades primitivas era fundamentada na cooperação e no fortalecimento da coletividade. 

Um exemplo palpável dessa distorção é observado em jogos de azar, atuais, "Bets" e "Jogo do Tigrinho", onde, o papel nocivo de figuras de pessoas influentes que, cientes dos riscos e prejuízos envolvidos, atraem pessoas de variados níveis e classes sociais, causando prejuízos financeiros e morais sem precedentes. Essa corrupção da essência moral, frequentemente impulsionada por interesses financeiros, é uma realidade que transcende os tempos, mas que se tornou muito mais evidente em tempos modernos. 

Além disso, o cenário político não deixa de refletir essa prática, com homens de princípios muitas vezes cedendo à tentação do poder e da riqueza, subvertendo seus valores em nome de prazeres efêmeros.

Em suma, a análise do comportamento moral contemporâneo revela uma necessidade urgente de resgatar a ética da cooperação e do cuidado, pilares fundamentais que parecem estar em declínio na sociedade atual.





Conclusão.


Ao longo do texto "A Essência da Moralidade", tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, observamos que os princípios morais transcendem o tempo, evidenciando comportamentos que são benéficos para a sociedade. No entanto, tais princípios podem ser alterados por indivíduos ou grupos, frequentemente resultando em mudanças que nem sempre são positivas. É imperativo que revisitemos a moralidade que perdurou em épocas anteriores e a integremos em tempos contemporâneos, visando a melhoria de nosso convívio social e cultural. A perda dessa base pode acarretar sérias consequências em nossas vidas. Portanto, é crucial não nos acostumarmos com a normalização de comportamentos promovidos por plataformas de mídia, os quais têm contribuído para corroer valores morais. Resultando em uma sociedade onde a empatia e a solidariedade são frequentemente esquecidas, levando as pessoas a se tornarem endurecidas de coração, focadas apenas em interesses individuais.




Comentários

Postagens mais visitadas